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sábado, 16 de agosto de 2014

ALUNOS DO MÃE DE DEUS X GORDINI



              Está rodando na internet, mais precisamente no facebook, a imagem de um automóvel Gordini e pergunta-se quem o conheceu e deve ser compartilhado. E então lembrei-me da incrível história do Gordini azul marinho de minha mãe, na época do ocorrido era ela Diretora da Escola Mãe de Deus, hoje Instituto Mãe de Deus. Pois o caso do Gordini é verídico, e muitos alunos da década de 70 devem lembrar.
            Em uma bela manhã do mês de setembro, em que as flores começavam a desabrochar anunciando a primavera, foi que desabrochou a brilhante idéia em uma turma alegre de estudantes. O lindo Gordini reluzia seu tom de azul, ali estacionado, bem em frente ao portão principal de acesso ao colégio, na Av.Vaz Ferreira. O sinal de recreio ecoava pelos ares ao som da sineta mais esperada do dia. Foi nesse exato momento que a ação entrou em ação, e a turma de garotos, inacreditavelmente, levantou o Gordini, tirando-o da rua e colocando-o em cima da calçada. Até hoje não se sabe quem era quem, pois ninguém denunciou alguém. Assim, aquela turma que imaginava o inimaginável, acabou não recebendo o devido castigo. Até hoje penso que os praticantes do ato deviam ser os mesmos que se ofereceram para ajudar e colocaram o Gordini de volta na rua, onde era seu lugar.
            Muitos fatos pitorescos aconteciam por entre os muros do Mãe de Deus, muitas e muitas histórias ficaram na lembrança de quem estudou em uma época que deixou saudades. Brincadeiras sadias faziam parte do dia a dia da garotada, que pela estreita ligação com os mestres jamais eram condenadas. O respeito, o amor e o carinho faziam parte diariamente dessa relação aluno-professor-diretor-funcionários.
            Nesse tempo em que havia mais tempo para o tempo, a  vida parecia transcorrer mais amena. Não existia computador, notebook, internet e toda essa parafernália de comunicação que acaba por deixar de lado quem está por perto. È comum vermos uma família reunida, porém todos mudos, se relacionando através da tecnologia com quem está mais, muito mais distante.
          Ainda sou do tempo de quem prefere olhar “olho no olho” e de sentir o calor e o imenso carinho que há por  trás de um sincero abraço!
         
                                       FATIMA MARDINI


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