Está rodando na internet, mais
precisamente no facebook, a imagem de um automóvel Gordini e pergunta-se quem o
conheceu e deve ser compartilhado. E então lembrei-me da incrível história do
Gordini azul marinho de minha mãe, na época do ocorrido era ela Diretora da
Escola Mãe de Deus, hoje Instituto Mãe de Deus. Pois o caso do Gordini é
verídico, e muitos alunos da década de 70 devem lembrar.
Em uma bela manhã do mês de
setembro, em que as flores começavam a desabrochar anunciando a primavera, foi
que desabrochou a brilhante idéia em uma turma alegre de estudantes. O lindo
Gordini reluzia seu tom de azul, ali estacionado, bem em frente ao portão
principal de acesso ao colégio, na Av.Vaz Ferreira. O sinal de recreio ecoava
pelos ares ao som da sineta mais esperada do dia. Foi nesse exato momento que a
ação entrou em ação, e a turma de garotos, inacreditavelmente, levantou o
Gordini, tirando-o da rua e colocando-o em cima da calçada. Até hoje não se sabe
quem era quem, pois ninguém denunciou alguém. Assim, aquela turma que imaginava
o inimaginável, acabou não recebendo o devido castigo. Até hoje penso que os
praticantes do ato deviam ser os mesmos que se ofereceram para ajudar e
colocaram o Gordini de volta na rua, onde era seu lugar.
Muitos fatos pitorescos aconteciam
por entre os muros do Mãe de Deus, muitas e muitas histórias ficaram na
lembrança de quem estudou em uma época que deixou saudades. Brincadeiras sadias
faziam parte do dia a dia da garotada, que pela estreita ligação com os mestres
jamais eram condenadas. O respeito, o amor e o carinho faziam parte diariamente
dessa relação aluno-professor-diretor-funcionários.
Nesse tempo em que havia mais tempo
para o tempo, a vida parecia transcorrer
mais amena. Não existia computador, notebook, internet e toda essa parafernália
de comunicação que acaba por deixar de lado quem está por perto. È comum vermos
uma família reunida, porém todos mudos, se relacionando através da tecnologia
com quem está mais, muito mais distante.
Ainda sou do tempo de quem prefere
olhar “olho no olho” e de sentir o calor e o imenso carinho que há por trás de um sincero abraço!
FATIMA
MARDINI
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