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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

DESAPEGA, DESAPEGA



              Estou começando a treinar o desapego e pensei na enorme lista que devo enfrentar. Mas não posso me intimidar, tenho que continuar firme nesse propósito, que será, com certeza, para a felicidade geral porque se estivermos felizes todos ao nosso redor também estarão.
            Vou sim desapegar, começando pelo que mais me incomoda, como por exemplo, de pessoas negativas, aquelas que estão de mal com o mundo em que vivem e que estão sempre lhe dizendo coisas que você não gostaria de ouvir. Pessoas assim nos empurram para baixo, então desapega.
            Gente invejosa, essas sempre acham defeito onde não tem, e devido não conseguirem o sucesso almejado, estão sempre desprezando o sucesso dos outros. Desapega. Aqueles que sabem tudo de tudo e não dão espaço para você expor suas idéias, desapega. Aqueles que você chama de amigo mas que não dão a mínima para você, desapega. Gente ingrata, desapega. Colegas que passam horas com você, mas não lhe enxergam, desapega. Parentes que não acham um tempinho para vê-lo ou pelo menos para ligar afim de saber como você está, desapega. Desapegar sim da vitrola anos 50 que herdei  de minha tia e da máquina de datilografia que era de meu pai. Não sei mais onde guardá-los. E também de roupas e sapatos que não usei e que jamais irei usar.
           Vou desapegar sim, também da tristeza que volta e meia teima em chegar. E também da saudade que em meu coração teima em morar. Desapegar das lembranças, boas ou más, que me trazem melancolia. Desapegar dos anos que já deixei para trás. Desapegar da Alice, da Maria e da Nora que nunca mais passaram por meu caminho, desapegar das pedras e dos espinhos que acumulei durante anos. Desapegar do tédio que traz a falta de criatividade, da rotina diária, do vai e vem de um dia após o outro.
           Tentar sim chegar ao desapego de tudo o que me incomoda. E viver, viver de maneira mais leve, andar por ai sem bagagem embolorada, cantar a vida e usufruir de toda a sua plenitude. Correr pelos campos afora, sentir o aroma da terra, abraçar as árvores mais belas, ouvir a sinfonia dos pássaros e o dedilhar das águas nas margens serenas dos rios. Ser simplesmente eu, sem máscaras. Meu Deus, há tanta coisa ainda para a gente entender!

                                                             FATIMA MARDINI – JORNALISTA PROFISSIONAL

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindoooooooo

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