Conforme
o meio ambiente em que você está, a conversa pode ficar extremamente
desinteressante, lhe causando sono e uma vontade enorme de criar asas e fugir
para bem longe daquele local. Coisa irritante. Banal. Sem sentido. Gente que
joga conversa fora sem o mínimo conteúdo desperdiça o tempo de quem ouve ou
pelo menos de quem está próximo e obriga-se a ouvir. Gente sem o mínimo de”
desconfiômetro “, aquele aparelho que detecta quando você não está sendo bem
sucedido. Gente que está por toda parte, espalhada por ai, pelo mundo afora.
Gente que mora no Brasil, nos Estados Unidos, na Australia, na Italia, ou em
qualquer parte do globo terrestre. Gente que não lê, não se atualiza e não
comparece a nenhum tipo de atração cultural. Gente vazia.
São
pessoas que se preocupam com a aparência acima de tudo, não que isso não seja
importante, é bom e devemos cuidar de nosso próprio corpo. Mas quando é demais,
vira doença. O mal do ego. Há uma verdadeira corrida por cirurgias plásticas,
pessoas tentando retroceder o relógio de um tempo que não volta atrás. Muitas
vezes em busca desse tempo acabam abreviando suas vidas. Certo dia li uma
reportagem sobre as elegantes senhoras francesas, modelos que inspiram mulheres
do mundo todo. Pois essas belas mulheres francesas não se preocupam em realizar
cirurgias plásticas, mas sim em vestir-se bem e aprimorar o seu conteúdo
interno. Belas mulheres. Admiradas por sua cultura.
Gente que
não lê, não tem assunto. Fala qualquer coisa de alguma coisa. Vira papagaio e
acha que está agradando.
Hoje em
dia o normal é adicionar a internet. Tem gente que está ligada vinte e quatro horas por dia. Mas
são nas redes sociais, a maioria com assuntos que interessam a ninguém ou, na
melhor das hipóteses, a um pequeno grupo. Claro que essa regra tem exceção, mas
para quem navega com lucidez, sem exibicionismo, concorda comigo que a maioria
das postagens não tem interesse coletivo. Há sim algumas belas mensagens, vídeos
interessantes e há também a maravilhosa oportunidade de reencontrar antigos
colegas e amigos espalhados por esse mundo afora. Ponto positivo.
Mas o livro é extraordinário, ele
educa, distrai e traz cultura. Coisa que nossa sociedade está perdendo com a
inversão de valores. E, como diz o título dessa crônica, na frase que roubei da
Mariana Prola Farias; “as vazias que me perdoem, mas cultura é fundamental”!
FATIMA MARDINI
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