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terça-feira, 10 de maio de 2016

Amo as duas

              Amo as duas. Elas não me deixam mais só, estão sempre comigo e com um carinho muito especial, devagarinho, dia a dia, vão elevando minha auto estima. Sofia e Ana, elas são demais.
              Sofia e Ana não são amigas de longa data, nem as conheci na infância. Elas começaram a fazer parte de minha vida há alguns meses atrás, desde a cirurgia que fiz, e tem acompanhado todo o meu tratamento quimioterápico ( um pouco amargo) como duas fiéis escudeiras, duas guerreiras que me impulsionam a lutar. Chova ou faça sol elas estão ali, presentes, como a me dizer que estão comigo para o que der e vier. Suas presenças carinhosas impulsionam meu viver e me fazem lembrar que a vida é como remar em mar aberto. Não podemos desistir, temos que olhar em frente e, com toda a força que podemos dispor, remar, remar com coragem, confiança e fé sabendo que chegaremos bem ao nosso destino. Elas aplacam as minhas dores, trazendo alento a minha alma. Estão se tornando indispensáveis no meu dia a dia.
            Jamais pensei em um dia poder contar com duas companheiras tão amorosas. Sou uma mulher previlegiada. As vezes quero dispensá-las mas elas não me deixam. Me fazem crer que sem elas eu ficaria muito triste e uma nuvem escura se apoderaria de mim me tornando uma pessoa amarga e sem perspectivas. Elas tem razão. Agora não saberia mais viver sem elas. Quando saimos à rua muitas pessoas ficam nos olhando de maneira diferente, talvez achem estranha essa ligaçao.
         Elas são demais, é uma ligação indescritível, coisas de outras vidas talvez. Agradeço todos os dias ao Pai Maior por elas existirem. Trazem luz ao meu semblante e dispensam aquela cara de lagartixa que muitas vezes aparece no espelho de meu quarto.

          Sofia e Ana, minhas amadas, queridas, inseparáveis, lindas e adoráveis perucas!!!! Obrigada por vocês existirem!!! ( FATIMA MARDINI)

quinta-feira, 14 de abril de 2016

E PORQUE NÃO

 E PORQUE NÃO

              A vida tem suas alegrias, momentos de felicidade, de paz, de imensa tranqüilidade. Mas não é só isso. Como um mar revolto, vez por outra, uma onda imensa vem, e nos pega desprevenidos. E então passamos a questionar: por que eu¿
             No choque inicial, ficamos apáticos, estarrecidos, completamente sem ação. Não entendemos nada, não compreendemos porque fomos escolhidos. Situação caótica. Nada acalma. Olhamos para as dezenas de orações que estão ali, onde estiveram sempre, ao lado da cama, mas não temos coragem de continuar a orar. E aquela pergunta paira sempre no ar: e por que eu¿ O que fiz de tão errado para merecer¿
           E então um dia, como uma luz colorida que vem não sabemos de onde, você para, pensa, e pergunta para si mesmo: e por que não eu¿ O que eu teria de diferente de milhares de pessoas no mundo todo que passam por situação semelhante¿
          Olha para o alto e diz: obrigado Senhor, Pai de todas as coisas existentes no céu e na terra. Obrigado por permitir ainda estar por aqui, obrigado por ter aberto caminhos para que os acontecimentos não se tornassem tão graves. Obrigado por me fazer entender que é preciso mudar e que há tantas coisas no mundo ainda por fazer. Obrigado por me lembrar que é preciso abrir mais as portas da casa, que o mundo lá fora precisa, e muito, de uma imensa ajuda. E ai você entende que, na verdade, nunca esteve sozinha... há centenas de parentes e amigos que torcem por você. E que muitas  vezes precisamos passar por algum sofrimento para que nossa alma ande um pouco mais leve por esse mundo de expiações, onde nada é explicável.
        È preciso olhar mais para dentro de nós mesmos, precisamos nos conhecer melhor e aprender a nos tornar felizes. Porque, na verdade, não podemos esperar que a felicidade venha dos outros para nós, precisamos sim sermos felizes pelo que somos e pelo que procuramos fazer nessa vida,  aproveitando os momentos que ainda estamos por aqui.
      E assim, hoje, não me canso de agradecer... obrigada Senhor por não me permitir retroceder!
                            FATIMA MARDINI – JORNALISTA PROFISSIONAL 

E PORQUE NÃO

 E PORQUE NÃO

              A vida tem suas alegrias, momentos de felicidade, de paz, de imensa tranqüilidade. Mas não é só isso. Como um mar revolto, vez por outra, uma onda imensa vem, e nos pega desprevenidos. E então passamos a questionar: por que eu¿
             No choque inicial, ficamos apáticos, estarrecidos, completamente sem ação. Não entendemos nada, não compreendemos porque fomos escolhidos. Situação caótica. Nada acalma. Olhamos para as dezenas de orações que estão ali, onde estiveram sempre, ao lado da cama, mas não temos coragem de continuar a orar. E aquela pergunta paira sempre no ar: e por que eu¿ O que fiz de tão errado para merecer¿
           E então um dia, como uma luz colorida que vem não sabemos de onde, você para, pensa, e pergunta para si mesmo: e por que não eu¿ O que eu teria de diferente de milhares de pessoas no mundo todo que passam por situação semelhante¿
          Olha para o alto e diz: obrigado Senhor, Pai de todas as coisas existentes no céu e na terra. Obrigado por permitir ainda estar por aqui, obrigado por ter aberto caminhos para que os acontecimentos não se tornassem tão graves. Obrigado por me fazer entender que é preciso mudar e que há tantas coisas no mundo ainda por fazer. Obrigado por me lembrar que é preciso abrir mais as portas da casa, que o mundo lá fora precisa, e muito, de uma imensa ajuda. E ai você entende que, na verdade, nunca esteve sozinha... há centenas de parentes e amigos que torcem por você. E que muitas  vezes precisamos passar por algum sofrimento para que nossa alma ande um pouco mais leve por esse mundo de expiações, onde nada é explicável.
        È preciso olhar mais para dentro de nós mesmos, precisamos nos conhecer melhor e aprender a nos tornar felizes. Porque, na verdade, não podemos esperar que a felicidade venha dos outros para nós, precisamos sim sermos felizes pelo que somos e pelo que procuramos fazer nessa vida,  aproveitando os momentos que ainda estamos por aqui.
      E assim, hoje, não me canso de agradecer... obrigada Senhor por não me permitir retroceder!
                            FATIMA MARDINI – JORNALISTA PROFISSIONAL 

terça-feira, 12 de abril de 2016

A INUTILIDADE E A VIDA

A INUTILIDADE E A VIDA


            Assim como o crepúsculo que adormece o dia, e de mansinho vai tirando o colorido da natureza, fazendo com que nos voltemos para as outras belezas, as quais nem sempre enxergamos, assim é a nossa vida.
            Nascemos, crescemos, viramos adolescentes ou “aborrecentes”, adultos e chega lá um dia que, apesar de ser difícil de encarar, envelhecemos. Perdemos a beleza exterior ( chega uma hora que nem o Pitangui ajuda), perdemos a vitalidade, começamos a cansar, nem sempre podemos efetuar tarefas que fazíamos com a maior desenvoltura, enfim, temos limites impostos pela própria marcha da criação. Muitos  estão despreparados para esse tempo.
          Tempo em que passamos a recordar o passado, lembrar das coisas que fizemos e das que não fizemos também, deixando um ar de tristeza. Lembrar das pessoas que amamos e das que podíamos ter amado, mas que deixamos para lá. Nos arrependemos de muitas atitudes e rimos à toa com tantas outras situações que passamos.
         Um tempo só nosso em que os jovens nos esquecem, porque já não temos mais a vitalidade da juventude e a distância das gerações se torna um imenso vazio. Temos poucas amizades, porque essa morada não é eterna e muitos amigos já se despediram...
       Enfim, envelhecemos, e conosco permanece uma lista sem fim de inutilidades. Todos se afastam e quem permanece, é somente quem nos ama, conhece e valoriza. Somos o que somos, não apenas essa imagem que se torna pequena a cada dia que passa, mas principalmente somos a soma de uma vida de atitudes boas ou más. De vivências, boas ou más. Talvez vamos colher o que plantamos, talvez não. Não importa.
      O que realmente importa é aquilo que conservamos lá dentro de nós; a nossa paz, o nosso amor por nós mesmos, pelas pessoas, enfim, a nossa experiência nesse plano terra. E ai então, vamos rezar, rezar muito, para que as pessoas que amamos permaneçam bem juntinho de nós!
     E que, apesar de nossa inutilidade, como diz o Padre Fábio de Mello, valorizam a nossa essência!
     Que saibamos enxergar com olhos de artista todas as belezas que há por detrás do olhar daquele que, no momento, está passando pelo crepúsculo da vida!

                    FATIMA MARDINI

domingo, 8 de novembro de 2015

DEVANEIOS
             Fatima Mardini

Em minha janela vem bater
Tão singelo passarinho                                                               
Como a me chamar para a vida
Algo  tem a me dizer
Diga-me passarinho
Conte-me o segredo
Desse estranho caminho
Que venho a percorrer...
Empreste-me suas asas
Apenas por um segundo
Quero viajar pelos ares
Dar a volta nos jardins
Sentir o perfume das flores
Do cravo e do alecrim...
Quero voar lá no alto
Bem junto do Criador
Sentir a paz em minh¹alma
E no coração, só amor...
 Pequeno passarinho
Que em minha janela vem bater
Você chama para a vida
Não me deixe retroceder...
São lindas tuas melodias
Que ouço ao amanhecer
Sei que um recado de Deus

Você vem, todos os dias, me trazer...

domingo, 30 de novembro de 2014

PRECISAMOS DE ILUSÕES

TODOS NÓS PRECISAMOS DE ILUSÕES


                          A realidade muitas vezes é dura conosco. Quantas coisas acontecem ao longo da vida que foge de nosso entendimento, e embora tenhamos o desejo de mudar, não conseguimos. É a trilha da vida, o caminho talvez já traçado por uma força estranha a qual não conseguimos desvendar. Destino, quem sabe. Só sei que entre os bons e os maus acontecimentos, a balança da vida pende, sem nunca ficar em seu nível. Quem ditou essa lei não sabemos e talvez nunca iremos saber. Só sei que ela foi aprovada.
                          Em época de eleições somos atingidos por uma chuva de informações, cada candidato, ao seu modo, usa de suas táticas para convencer os eleitores e cabe a eles, os eleitores, discernir sobre o que poderá ser certo ou o que poderá ser errado. Há ilusões, muitas. De certo modo, ilusões negativas porque grande parte das propostas jamais acabarão acontecendo. Apenas um exemplo.
                         Mas todos nós, seres mortais, necessitamos ardentemente de ilusões para viver. Elas são o alimento de nossa alma, o sol de nossos dias, o estímulo para prosseguirmos nossa jornada. E não diga que ilusão é coisa de adolescente porque não é não. Ilusões fazem parte da vida de crianças, adolescentes, da meia e da terceira idade. Isto é, desde que nascemos até o dia em que partimos dessa vida, temos ilusões. Não importa se sejamos ricos ou pobres, se cursamos a faculdade ou temos apenas o ensino fundamental.
                        Ao longo de nossa vida sonhamos com tantas coisas. Muitas acabam não acontecendo, mas não importa, o importante é que passamos por aquele momento de sonho, aquela fuga da realidade. Você já pensou se vivêssemos sempre na realidade, sem um pingo de ilusões, não teria a maior graça nossa vida, com certeza.
                      O menino sonha em ser jogador de futebol, a menina em ser professora, a mãe sonha com a vitória de seus filhos, a avó com o amor de seus netos. São tantas as ilusões. Sonhamos em fazer aquela viagem há muito desejada, em encontrar a alma gêmea, passar no vestibular, ganhar na loteria, ser um profissional de sucesso. Há milhares de sonhos, alguns se concretizam, outros viram ilusões somente.
                     Ilusões... elas são o bálsamo de nossos dias, o colorido de nossa alma. Por isso, tenha ilusões, na dose certa, é claro, sempre com um olhar na realidade...
                               FATIMA MARDINI


                      

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O PAI DA FELICIDADE

           Aquela moça que conheci nos bancos da universidade me dizia algo que me deixava pensativa, colocando em impacto meus pensamentos e sentimentos. Pensava que talvez por eu ser do interior e ela da capital  poderia estar mais certa do que eu. Inocência e imaturidade. Mas a maneira como ela colocava suas idéias era quase convincente. Quase porque sempre fui avessa aos modismos extremos, esses que fogem para muito longe de um mundo dito normal. Não que eu não tivesse uma certa queda pelo extraordinário, mas havia a bendita consciência que não me deixava expandir para além de minha educação muito formal. Eram os parâmetros ditados por meus pais que me paralisavam muitas e muitas vezes. Se isso foi bom ou ruim hoje eu não sei, só sei que deixei de aproveitar e de viver mais intensamente minha adolescência quase adulta.
      Pois aquela garota sentava na classe ao meu lado, e no intervalo entre uma aula e outra, conversávamos. Ela me dizia que jamais iria se casar e se tornar uma dessas “amélias”, que cuidam da casa, lavam fraldas (nos anos 80 ainda eram mais usadas as fraldas laváveis), suportam marido e se tornam velhas e acabadas entre quatro paredes. Queria se vestir bem, ir a festas, passear, conhecer sempre novas pessoas e viajar pelo mundo afora conhecendo os continentes, os costumes dos povos e a língua de cada um. Isso sim era felicidade, me dizia. Sem raízes, sem compromissos, sem alguém pegando no pé. Liberdade total. Na verdade, a profissão que estávamos conhecendo era bem propícia a esse tipo de vida: fazíamos a Faculdade de Jornalismo.
      Pois bem, ela assim o fez. E quando eu tinha notícias de minha colega, já sabia que lá estava ela, sempre em um lugar diferente, nunca fixando residência em parte alguma, e solteiríssima, sem fixar também seus sentimentos.
      Rodou o mundo, gozou de liberdade e de prazeres.
      Mas o tempo passou.
      Dia destes, na Feira do Livro de Porto Alegre, a encontrei. Não sei como a reconheci, de tão diferente que estava. Triste, com ar melancólico, se queixou de enorme solidão.
       Minha ex colega ficou na exterioridade da vida, na ilusão. Nunca desenvolveu relacionamentos profundos, não casou, não teve filhos e também não conquistou amizades verdadeiras. E então ela me disse que melhor seria se tivesse tido grandes amigos, fosse mãe ou amasse de verdade.
      E sendo assim, pude entender, em um relance, que o AMOR é o pai da FELICIDADE. Olhei para o alto e agradeci a Deus por minha humilde vida!

                                FATIMA MARDINI

Dicas de Livros

  • Felicidade Roubada
  • UMA RECICLAGEM EXISTENCIAL
  • AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL

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