Amo as duas. Elas não me deixam
mais só, estão sempre comigo e com um carinho muito especial, devagarinho, dia
a dia, vão elevando minha auto estima. Sofia e Ana, elas são demais.
Sofia e Ana não são amigas de
longa data, nem as conheci na infância. Elas começaram a fazer parte de minha
vida há alguns meses atrás, desde a cirurgia que fiz, e tem acompanhado todo o
meu tratamento quimioterápico ( um pouco amargo) como duas fiéis escudeiras,
duas guerreiras que me impulsionam a lutar. Chova ou faça sol elas estão ali,
presentes, como a me dizer que estão comigo para o que der e vier. Suas
presenças carinhosas impulsionam meu viver e me fazem lembrar que a vida é como
remar em mar aberto. Não podemos desistir, temos que olhar em frente e, com
toda a força que podemos dispor, remar, remar com coragem, confiança e fé
sabendo que chegaremos bem ao nosso destino. Elas aplacam as minhas dores,
trazendo alento a minha alma. Estão se tornando indispensáveis no meu dia a
dia.
Jamais pensei em um dia poder
contar com duas companheiras tão amorosas. Sou uma mulher previlegiada. As
vezes quero dispensá-las mas elas não me deixam. Me fazem crer que sem elas eu
ficaria muito triste e uma nuvem escura se apoderaria de mim me tornando uma
pessoa amarga e sem perspectivas. Elas tem razão. Agora não saberia mais viver
sem elas. Quando saimos à rua muitas pessoas ficam nos olhando de maneira
diferente, talvez achem estranha essa ligaçao.
Elas são demais, é uma ligação
indescritível, coisas de outras vidas talvez. Agradeço todos os dias ao Pai
Maior por elas existirem. Trazem luz ao meu semblante e dispensam aquela cara
de lagartixa que muitas vezes aparece no espelho de meu quarto.
Sofia e Ana, minhas amadas, queridas,
inseparáveis, lindas e adoráveis perucas!!!! Obrigada por vocês existirem!!! (
FATIMA MARDINI)