É comum ouvirmos essa frase de
alguém pelo menos uma vez na vida: “ E se arrependimento matasse eu já estaria
morto”. Realmente, eu concordo plenamente com isso. Se existe alguma pessoa que
não se arrependa de alguma coisa que fez ou que pelo menos não fez, que atire a
primeira pedra. Ou melhor, não atire nenhuma porque vai ser seguida por uma
enxurrada de pedras!
Eu mesmo me arrependo de muitas
coisas que fiz e também das que não fiz por falta de coragem, atrevimento ou
sei lá o que. Me arrependo, na adolescência, de ter passado tantas horas
tocando violão e cantando com minhas vizinhas na frente da casa de meus pais.
Deveria ter aproveitado mais meu tempo estudando matemática, química e física,
matérias que tiraram meu sono quando fui prestar vestibular. Me arrependo ainda
de passar tantas horas jogando volibol no ginásio do Colégio Mãe de Deus, não
me serviu para nada pois nunca fui convocada para a seleção brasileira. Deveria
ter aproveitado melhor esse tempo aprendendo a cozinhar, assim hoje não
sofreria tanto com a culinária. Me arrependo também de não ter seguido a idéia
de minha mãe de cursar o Clássico no segundo grau, curso que só existia na
capital. Assim, hoje poderia ter realizado o meu sonho de ser Diplomata. Um
deles, é claro, porque tive muitos sonhos com inúmeras profissões. Me arrependo
ainda de não ter terminado o curso de piano, de ter ficado “de mal” com minha
melhor amiga por tantos anos, de ter desperdiçado tanto tempo com pensamentos desagradáveis
de inferioridade, de não ter acreditado em minha capacidade de seguir o melhor.
Ah, se arrependimento matasse...
Eu gostaria de passar uma borracha sobre tudo isso e começar tudo outra vez.
Nossa, seria tão diferente! Estaria eu lendo os melhores clássicos da
literatura ao invés de ler escondido os romances em quadrinhos. Com certeza
aproveitaria muito mais as lições de vida. E poderia ter tornado minha vida
muito mais útil. E poderia ter sido muito mais feliz, e poderia, e poderia, e
poderia tantas coisas! Mas será que realmente eu poderia ter mudado o curso de
minha história, isso eu não saberei responder. E nem você.
Mas sabemos que apesar dos erros e
dos acertos somos o que somos hoje, essa pessoa formada por milhares de
experiências boas ou más que aconteceram durante um longo período na vida, e
ainda acontecem e estarão acontecendo enquanto tivermos vida.
Então, apesar dos arrependimentos que
volta e meia povoam nossos pensamentos, devemos pensar que o caminho talvez
seja esse que “Ele”, nosso Pai Maior escolheu, para que aprendêssemos as lições
que precisávamos nesse plano terreno!
Fatima Mardini
Um comentário:
Que Lindo Fátima, sou da Polônia, e seu blog foi recomendado por uma amiga, em comum, de onde eu morava, tupanciretã. Beijos e Sucesso ;)
Postar um comentário